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sábado, 15 de maio de 2010

Casa é artigo raro em feirão de imóvel em SP

Evento tem quase dois apartamentos à venda para cada casa e sobrado disponíveis
Marcel Gugoni / R7
Segundo a Caixa, 70% dos imóveis disponíveis no feirão são apartamentos


O Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal tem mais apartamentos para vender do que casas. Isso porque, além de mais baratos, os apartamentos são mais vantajosos em uma cidade onde o metro quadrado da construção pode chegar aos R$ 10 mil – na avenida Paulista, por exemplo.

O Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) diz que há praticamente dois deles (1.434) para cada casa ou sobrado (806) à venda na cidade. Em todo o feirão, há 41 mil opções disponíveis pelo conselho, considerando ainda lojas (comerciais) e terrenos. A Caixa estima que menos de 30% dos 151.845 oferecidos sejam construções horizontais.

Flavio Prando, vice-presidente de habitação do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário do Estado), diz que a cidade não tem mais áreas viáveis para construir casas, devido aos preços dos terrenos.

- Não temos área em São Paulo que permita fazer casa. É impraticável. Tem que verticalizar para dividir o terreno e facilitar a compra a uma família de classe média. Hoje, só é viável fazer prédio. E mesmo assim, a produção vertical está limitada pelo zoneamento.

Projeto habitacional

O Plano Diretor lançado em 2002, durante a gestão de Marta Suplicy (PT), estabeleceu limites para os empreendimentos, dentro de uma conta chamada coeficiente de aproveitamento (CA). Para qualquer área da cidade, esse coeficiente é um. Significa que a área construída, considerando cada apartamento lado a lado, só pode ter o tamanho equivalente ao do lote.

Alguns bairros têm coeficiente quatro (permite construir o quádruplo da área do terreno), sobretudo se forem perto de estações de metrô e trem. A maioria das regiões da cidade, contudo, limita a construção ao dobro da área do terreno (coeficiente dois).

- O aproveitamento do terreno hoje, de modo geral, é de duas vezes a área dele. Comprando um terreno de 1.000 m², dá para construir 2.000 m². Se pudéssemos construir como antigamente, com aproveitamento quatro vezes maior, poderíamos dividir ainda mais o custo e baratear quase todas as unidades.

O autônomo José Luiz Jorge, de 58 anos, reclamou da falta de casas no feirão. Ele diz que sonha em sair do aluguel e encontrar um imóvel perto de onde já vive, na zona leste. Ele diz que tem como “dar uma entrada de até R$ 60 mil”, mas não quer apartamento de jeito nenhum.

Antonio Guedes, diretor-geral da construtora Living, do grupo Cyrela, resume bem a questão.

- Casa própria, no feirão, é o sentido do imóvel e do sonho de ter esse bem só para você.

O horário do feirão é das 9h às 20h e vai até amanhã (16). A organização oferece ônibus que saem da estação Jabaquara do metrô todos os dias, uma hora antes da abertura e uma hora depois do encerramento.

Os documentos básicos para levar no feirão são: carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e os três últimos contracheques. Para quem não tem emprego formal, é necessário apresentar extratos bancários e fatura dos três últimos meses do cartão de crédito a fim de comprovar renda.

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