Em relação às nações emergentes, o fundo indicou que o desempenho no último trimestre foi abaixo do esperado, porém as previsões para este ano são de crescimento de 3,7%. “O PIB de muitas economias emergentes foi mais fraco que o esperado", analisa no relatório.
No entanto, o FMI se mostra preocupado com o futuro da UE e das economias em desenvolvimento. “Os negócios e produção caíram consideravelmente, em parte por conta de fatores cíclicos, mas também por recentes políticas rígidas, principalmente na Ásia e América Latina”.
O medo de uma crise bancária ainda maior e de uma dívida soberana na Europa também diminuíram.
Riscos para os emergentes
O FMI aconselhou as economias emergentes e em desenvolvimento a evitar estímulos excessivos à atividade economica para compensar a demanda menor das economias avançadas. Segundo a instituição, a ameaça de um superaquecimento da economia ainda é uma ameaça, apesar de diminuída.
Segundo o relatório, o Brasil é país “onde as expectativas de inflação superaram a meta, o que deixa o espaço para manobras políticas mais limitado”. O fundo recomenda também ações, como as adotadas pelo Brasil, de gerenciamento de entrada de capitais voláteis em períodos de incerteza em relação aos fluxos de capital.
O fundo cita que o aumento das taxas de juros gerou preocupações em mercados como os do Brasil, Argentina, Colômbia, Indonésia e Turquia.
A expectativa é que as taxas de juros dos Estados Unidos e do Japão se mantenham perto do zero e que continuem estáveis nos mercados emergentes.
Crescimento
A expectativa de crescimento aumentou 0,1 ponto percentual tanto para este ano quanto para o próximo no Brasil. O FMI projeta que o país crescerá 3% este ano e 4,1% em 2013. As maiores diferenças de crescimento se deram na Europa Central e do Leste, cuja projeção de crescimento subiu 0,8 pontos percentuais para 2012 e 0,5 pontos percentuais para 2013.
Para a economia mundial, o fundo faz previsão de crescimento de 3,5% em 2012 e de 4,1% para 2013.
Estados Unidos e América Latina
O fundo destacou a recuperação econômica dos EUA, destacando que as notícias nesta área tem sido "encorajadoras, com o crescimento aumentando e o desemprego caindo”, apontou. Em relação ao país, o texto otimista apontando a aceleração da atividade com o consumo e investimento em alta e o crédito e o mercado de trabalho mostrando “sinais de vida”.
O mercado dos EUA teve o crescimento revisto em 0,3 pontos percentuais, para 2,1% este ano, e para 2,4% em 2013.
A instituição afirmou que a América Latina se mostrou resistente a em relação às mudanças de aversão ao risco europeus e agora vê os capitais retornando ao continente. Porém, o fundo afirmou que "As tensões de inflação alta e crédito elevado estão complicando a vida dos autores das políticas."
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