Pesquisa Data Popular aponta também que homens citam marcas de tênis, roupas de esporte e eletrônicos, enquanto as mulheres mencionam alimentos, cosméticos e roupas
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (5) pelo instituto Data Popular indica que 46% dos consumidores da nova classe C não têm uma "marca do coração”. Para Renato Meirelles, diretor do instituto, a falta de preferência decorre dos erros cometidos pelas empresas em suas estratégias de marketing. “O mercado publicitário não sabe o que fazer com a classe C ainda. Não entendem que propaganda boa é a que vende e não a que é premiada”, diz. , iG

Nestlé é apontada como a "marca do coração" de 4,1% da nova classe média
Em geral, a maioria das marcas citadas são da categoria “premium” ou “medium price”. Grande parte delas também é líder de mercado, ou seja, o consumidor da classe C prefere pagar mais caro, porém garantir a qualidade. “Esse consumidor não pode errar, se ele comprar uma marca de arroz que gruda, vai ter que comer arroz grudento o mês todo", diz Meirelles. “As empresas precisam entender que o modelo tradicional de preço baixo que as trouxe até aqui, não é suficiente para conquistar a classe média”.
Entre os homens, a marca preferida é a Adidas (5,8%), seguida da Nike (5,1%) e da Samsung (4,9%). Para as mulheres, a Nestlé repete a liderança (6,3%), em segundo lugar está O Boticário (4,2%) e em terceiro, a Hering (3,1%). Em relação às faixas etárias, os “maduros” preferem também a Nestlé (4,9%), depois a Sony(4,2%) e a Samsung (3,8%). Já entre os jovens, a “marca do coração” é a Nike (4,2%), seguida da Samsung (3,6%) e da Apple (3,2%). Para Meirelles, os números são baixos, pois as marcas não conseguiram coresponder ao crescimento da nova classe média. “Os consumidores procuram marcas como um selo de qualidade, mas não estão encontrando isso”.
“O consumidor C ainda não tem marca, essa é uma possibilidade espetacular para que as empresas desenvolvam melhores estratégias”, diz Roberto Meir, publisher da revista Consumidor Moderno. Para ele, as marcas precisam se preocupar com relevância e não em estar na memória do consumidor. “A Omo, por exemplo, aparece em primeiro lugar em todos os Top of Minds, mas é a preferida de 21% dos entrevistados, enquanto o multiuso Veja lidera com 28%”.
As empresas gastam milhões com propagandas que não se comunicam com a classe que mais consome no Brasil. “O consumidor fica feliz porque ganha uma promoção de operadora de celular, mas depois não consegue falar no call center", diz Meirelles. “A pós-venda está ligada a 75% da percepção de marca, para conquistar o coração do consumidor não bastam comerciais de 30 segundos na televisão”.
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