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quinta-feira, 21 de março de 2013

McDonald's aceita pagar R$ 7,5 milhões em indenização por danos morais

MP do Trabalho alegava que horários impediam funcionários de exercer outras atividades
Fonte:Tribuna Hoje


Foto: Divulgação


Um acordo de R$ 7,5 milhões deu fim ao processo trabalhista contra o McDonald's. A rede também terá até dezembro para acabar com a jornada móvel variável, a que submete seus funcionários.
Segundo ação civil pública do Ministério Público do Trabalho, a variação de horários de entrada e saída prejudica os empregados, que não podem exercer qualquer outra atividade remunerada, bem como organizar sua vida pessoal.
No pedido inicial de indenização por danos morais coletivos, o McDonald's teria de pagar R$ 50 milhões.
Durante tentativa de acordo, que se arrasta desde o ano passado, a rede de fast food não aceitou o valor. Apenas na manhã desta quinta-feira (21) a empresa fez uma contra-proposta, oferecendo R$ 3 milhões para se livrar do processo.
O valor foi considerado irrisório pela defesa dos trabalhadores, que revisou o valor da indenização para R$ 25 milhões.
Sem entendimento, a negociação se estendeu até o fim do dia na 11ª Vara do Trabalho do Recife, quando o McDonald's concordou em pagar a indenização de R$ 7,5 milhões aos trabalhadores.
JORNADA
A jornada móvel variável, motivo da disputa judicial, deixa a critério do empregador escolher, a cada dia, quando cada um da equipe deve entrar e sair.
Cerca de 42 mil funcionários em 600 lanchonetes em todo o país são submetidos a este modelo.
Já há decisões do TST (Tribunal Superior do Trabalho) que julgaram ilegal a adoção deste modelo.
Nesta terça-feira (19) uma liminar concedida também pela 11ª Vara do Recife determinou que as franquias do McDonald's de todo país, gerenciadas pela marca Arcos Dourados, cancelassem a jornada móvel imediatamente.
Em geral, quando o movimento ficava fraco, os funcionários da lanchonete eram dispensados mais cedo --o que impedia os trabalhadores de receber o salário integral no fim do mês.
A liminar da juíza Virgínia Lúcia de Sá Bahia também obrigava a empresa a liberar seus funcionários para levar de casa sua própria alimentação. Antes disso, os funcionários só poderiam se alimentar dos lanches vendidos pela rede.
Procurada pela reportagem, a rede Arcos Dourados ainda não se manifestou.

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